Saturday, March 21, 2009

Curtas na PUC

Os filmes produzidos para as cadeiras de Projeto de Filme 1 e Filme 2 serão exibidos semana que vem na PUC. As sessões, apesar de alguns filmes não estarem finalizados, serão abertas e seguidas de debates.

Os curtas de ficção, produzidos em Projeto de Filme 2, ainda não tem horário confirmado. A programação das produções de Projeto 1 (documentários) é a que segue:

Dia 26/04, quinta-feira, às 9h no auditório do RDC:

Anotações em novembro (Pedro Ferreira e Maria Eduarda Castro, 31 min)
Anotações sobre as ruas da cidade do Rio de Janeiro.

VARIG (Fábio Hansen, 14min)
O passado, o presente e os sonhos dos funcionários que fizeram parte da Varig.

A parte do operário (José Sérgio Junior, 23min)
Dois operários de diferentes gerações refletem sobre a profissão, as escolhas que fizeram e a situação em que se encontram.

De margem à margem (Ricardo Magalhães, 24min)
O movimento da cidade para o campo, através de dois personagens que fazem caminhos diferentes, Humberto Soares e Gustavo Praça.

De cara limpa (André De Franco e Sabrina Gregori, 27min)
Como os comediantes da comédia stand up se inspiram para desenvolver seus pontos de vista nas apresentações.

Walter Lima Júnior - a vida inspira a arte (Marcelo Feijó, 25min)
Um retrato da paixão de Walter Lima Júnior pelo cinema.

Darlan e Liana (Matheus Souza e Julia Ramil, 8 min)
Darlan e Liana são portadores de necessidades especiais. Um casal de namorados como outro qualquer.

Para inglês ver (Vitor Granado e Robson Ribeiro, 25min)
Conduzidos por jipes e guias, turistas estrangeiros anseiam por descobrir o "exótico" universo da favela.

Clara (Bruna Domingues e Flora Diegues, 19min)
"Clara" conta a jornada mágica de dois personagens em busca de sua autora: Maria Clara Machado.

Os filmes foram produzidos sob orientação do professor José Mariani no segundo semestre de 2008.

Thursday, March 19, 2009

Estou pronta para os meus close-ups, Sr. Mauro

Existem muitos motivos para Carmen Santos ser considerada uma das mulheres mais importantes da história do cinema brasileiro, além de um nome vital para o período silencioso no Brasil. Pra mim, no entanto, um motivo já bastava: os seus close-ups em “Sangue Mineiro”.

Bela Balázs, teórico húngaro da primeira metade do século XX, teorizou sobre a questão deste no cinema mudo. O close-up que suspende o tempo, interrompe por um momento o fluxo de uma narrativa, se aproxima do ser humano, do corpo, do rosto. Aproximar a câmera e revelar o sentimento e o pensamento, o que fica além do físico, do espaço e do tempo – olhar direcionado à alma humana. Para trazer à superfície o que é mais profundo. Nessa última sequência de “Sangue Mineiro”, toda delicadeza, ambigüidade e expressividade do close-up da Carmen Santos.







O primeiro plano se dá na dimensão da fisionomia, a forma em que o rosto se apresenta. Não há mais nada, só o mundo em um rosto. E é nesse primeiro plano de um rosto que se constitui o monólogo silencioso, no qual pequenos gestos e mudanças de expressão apontam para um fala mais forte do que a própria palavra. A exemplificação disso, mais uma vez, no brilhante e transformador close-up de Carmen dirigida por Humberto Mauro e filmada por Edgar Brasil.